Pesquisa mostra que os mineiros leem mais que os brasileiros

Estudo divulgado no 2º Salão do Livro Infantil e Juvenil, em Belo Horizonte, mostra que a média de livros lidos nas cidades do interior de Minas Gerais está acima da nacional.

Nos últimos 12 meses foi registrado o percentual de 6,55 títulos por pessoa, contra 3,6 no Brasil. Poços de Caldas é a campeã do ranking com 9,78. O estudo ouviu mil pessoas, entre 10 de março e 20 de junho, nas cidades polo do interior do Estado:  Teófilo Otoni, na Região do Vale do Jequitinhonha/Mucuri; Poços de Caldas, no Sul de Minas; Juiz de Fora, na Zona da Mata; Uberlândia, no Triângulo Mineiro; Divinópolis, na Região Centro-Oeste; Governador Valadares, no Vale do Rio Doce; Patos de Minas, no Alto Paranaíba; e Montes Claros, na Região Norte.

Entre as obras mais procuradas estão os livros didáticos e universitários, a Bíblia e exemplares de literatura em geral. Os assuntos com menos demanda são culinária, artesanato, história em quadrinhos, poesia, história, economia, política, filosofia e ciências sociais.

Para a realização da pesquisa foi utilizada a metodologia do estudo sobre o comportamento do leitor desenvolvido pelo Centro Regional para o Fomento do Livro na América Latina e no Caribe (CERLALC), entidade ligada à Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).

Essa não é a primeira vez que os mineiros se destacam no quesito literatura. De acordo com a pesquisa Target Group Index, do Ibope, realizada entre julho de 2011 e agosto de 2012, 41% dos belo-horizontinos leram ao menos um livro em um intervalo de 30 dias. Número que superou a média nacional, que foi de 33%.

A cidade ficou na frente de importantes metrópoles como Brasília, que apareceu em segundo lugar com 37%, Curitiba (34%) e Rio de Janeiro e São Paulo (33%). Ao todo, foram ouvidas 20.736 pessoas de ambos os sexos e todas as classes sociais, entre 12 e 75 anos.